Indefinido
Adj. - Indeterminado; de contornos incertos; ilimitado.
Sunday, May 27, 2007
Saturday, May 26, 2007
O tempo que Nos cabe Na palma da mão
Abro as mãos; nelas
podes ver
o que quiseres: apenas
o teu rosto
se não quiseres olhar
para as minhas
mãos
ou as rugas, pregas
finas
nos meus dedos,
outros sinais do tempo
que não foi teu.
Abro as mãos; repara
nelas, deita-lhes ao menos
um olhar
agora que uma estrela
rompeu os céus de Praga
e as minhas mãos já não cantam
nos teus lábios
para sempre rendidos
ao rasto da estrela
e à luz nocturna
do cristal.
António Mega Ferreira (1949)
Ia a descer as escadas de casa, e reparei por acaso que havia uma carta no correio.
É bom saber que os amigos, mesmo longe, conseguem sentir o que nos vai na alma e o que nos pesa.
No meio de uma música que me entende, das palavras de quem sinto saudades, de uma cigarrilha com sabor a baunilha, encontro um poema q me lê...
(...)É bom saber que os amigos, mesmo longe, conseguem sentir o que nos vai na alma e o que nos pesa.
No meio de uma música que me entende, das palavras de quem sinto saudades, de uma cigarrilha com sabor a baunilha, encontro um poema q me lê...
Passeia pela minha mente, nas horas livres e nas que não deviam ser, aquele que não foi nunca, inteiramente.
...«Sabes, ainda sinto o calor do verão e oiço o som da chuva pelo meio da música.»
Wednesday, May 02, 2007
Freiburg...

andré, joão, florian, miguel, eu e a bia
Incrível como depois de uns dias fora, longe daqui, o ter de voltar deixa-me apertada. Incomodada.
Voltar a casa, a rotina de sempre, apanhar o electrico 10 ou o 16 de zizcov para a faculdade, aulas aborrecidas... Nada disto apetece - é como estar enjoada todo o dia. Ainda não me tinha acontecido, das outras vezes voltar a Praga era como continuar a viajar de certo modo. Hoje é como algo que sabe mal.
Freiburg foi demais, voltar a ver o João, o André, a Steffi, o Florian e o pessoal italiano, andar de bicicleta para todo o lado, (tirando a noite em que tivemos que andar a pé duas horas por falta delas) percorrer ruas cheias de flores que perfumam toda a cidade, passear junto ao rio, que corre baixo e sem pressa. Tomar banho no lago. Ir até Heidlberg de comboio, sempre a correr no ultimo minuto, porque para variar estavamos atrasados. As 3 horas para lá e as 3 de volta a jogar ao lobo - "wolf international", como lhe chamou o André, até não mais. Cerveja alemã, espumosa. Sumo de maça com água com gás. Jantares, churrascos, festas... Não há palavras, simplesmente queria lá estar agora, e não aqui.
Deve ser a tal depressão pós-viagem...Ainda esta manhã lá estava.
Voltar a casa, a rotina de sempre, apanhar o electrico 10 ou o 16 de zizcov para a faculdade, aulas aborrecidas... Nada disto apetece - é como estar enjoada todo o dia. Ainda não me tinha acontecido, das outras vezes voltar a Praga era como continuar a viajar de certo modo. Hoje é como algo que sabe mal.
Freiburg foi demais, voltar a ver o João, o André, a Steffi, o Florian e o pessoal italiano, andar de bicicleta para todo o lado, (tirando a noite em que tivemos que andar a pé duas horas por falta delas) percorrer ruas cheias de flores que perfumam toda a cidade, passear junto ao rio, que corre baixo e sem pressa. Tomar banho no lago. Ir até Heidlberg de comboio, sempre a correr no ultimo minuto, porque para variar estavamos atrasados. As 3 horas para lá e as 3 de volta a jogar ao lobo - "wolf international", como lhe chamou o André, até não mais. Cerveja alemã, espumosa. Sumo de maça com água com gás. Jantares, churrascos, festas... Não há palavras, simplesmente queria lá estar agora, e não aqui.
Deve ser a tal depressão pós-viagem...Ainda esta manhã lá estava.