Sunday, December 17, 2006

"Estranha forma esta de acordar, e estar pronto para dormir"






















Noites que duram dias,
tempo q passa e em que o sol não se deixa ver...

Agora já falta pouco, para abraçar essa cidade q só deixa saudades.
E mergulhar nos abraços tão esperados.


Até já

Foto: Coimbra - quebra costas numa noite de chuva

Thursday, December 14, 2006

Três e Trintra e Três

Três e trinta e três da manhã.

Sono, mas tal como tu dizes, sempre aquela minha relutância em ir para a cama...

Estendo as pernas sobre o sofá.
A janela está por cima de mim (porque aqui as paredes aqui são oblíquas), e deixa antever uma estrela ou outra, por entre camadas densas de frio e azul compacto.
Um copo de chá, como invariavelmente não podia deixar de ser, e os meus pensamentos dispersos entre o aqui, realidade palpavél, e o aí, realidade sonhada.
Deixo-me levar, nunca, por tantas vezes como aqui, me senti como sinto agora - num plano à parte da realidade, em q tudo o q me envolve é tão efémero que se podia desvanecer com um suave toque de dedos, como uma bola de sabão - mas não.

Fico apenas assim, suspensa...

No ar, o som da música já tão conhecida - faixa 7

E entre os meus dedos, letras:


" Fecho os olhos por instantes.
Abro os olhos novamente.
Neste abrir e fechar de olhos
já todo o mundo é diferente.

Já outro ar me rodeia;
outros lábios o respiram;
outros aléns se tingiram
de outro Sol que os incendeia.

Outras árvores se floriram;
outro vento as despenteia;
outras ondas invadiram
outros recantos de areia.

Momento, tempo esgotado,
fluidez sem transparência
Presença, espectro de ausência,
cadáver desenterrado.

Combustão perene e fria.
Corpo que a arder arrefece.
Incandescência sombria.
Tudo é foi. Nada acontece.


António Gedeão - Tudo é foi



Quatro e quarenta e noveda manhã - fecho os olhos - o Sono é demasiado.



Saturday, December 09, 2006

À Espera















Por vezes o tempo aqui parece que pára, escorre lentamente,
como que numa moleza entorpecida!
E no entanto, mesmo com inércia, vai passando...
Mas é mais suave quando passa com música.

Oiço os sons que se desprendem do palco,
absorvo a vibração e encho-me das cores que vão mudando
- Torna-se tudo mais simples.

Agora é esperar - a música avança, e o tempo também.

Até já.