Sunday, November 25, 2007

Em deambulações pela 'vecchia' Europa


Dispensa apresentações...

Saturday, November 10, 2007

Medos

Aqui pode parar os seus medos, 24 horas por dia.
E é mesmo ao lado do cemitério.
Ainda não experimentei enterrar nenhum por lá, mas qui çá, talvez funcione...

Friday, October 12, 2007

Desencontros


"Mas, afinal, o que se leva desta vida, senão remorsos? Remorsos do que podia ter sido e não foi e do que se perdeu depois de ter sido. Remorsos do que devia ter sido dito e feito e não o foi a tempo ou que foi demasiadamente dito e feito. Remorsos destes eternos desencontros, desta sensação de que nada existe no seu tempo certo, de chegar sempre tarde ou partir cedo demais. Por que será que a seguir à noite vem sempre a manhã e de manhã pesa sempre nos olhos e na alma..."


M. S. T.

Monday, October 01, 2007

Duas da manhã



Aos protagonistas desta noite na praia, um abraço com saudades!

Resurgimentos

- O verão teve demasiados momentos. Ainda estou a processá-los.
E agora é o regressar frenético à cidade das pontes.
Demasiado movimento,
vvvvvvvvvvvvvvvvv.
Demasiadas coisas para fazer ao mesmo tempo, mas até bom.

Demasiados demasiados.

Eu já volto. Até já.

Thursday, July 12, 2007

Alfinetes

...Imaginado todos os alfinetes da minha vida. Pensado alfinetes, como as pessoas que vão segurando as bainhas do meu vestido. E o meu vestido é aquilo que vou sendo, ou aquilo que vão imaginado que sou numa dialética mais ou menos constante. E há alfinetes que prendem botões que seguram o lado esquerdo ao lado direito de mim. Outros agarram só bainhas que se cosem e descosem alternativamente. Penso que o vestido nunca estará pronto, às vezes acho que podia ter mangas para os dias mais frios, mas em outros acho que não. Que não devia ter mangas, porque faz demasiado calor, e lá se desprendem mais uns alfinetes. Depois talvez ficasse bem uma fita azul. Ou uma roxa. Ou uma fita de todas as cores. Ás vezes podia ser negra, podia sê-lo todo o vestido, negro, escuro, a ausência. Mas não. Tem cores, muitas cores, tantas que ás vezes é branco.
E todas as cores porque os alfinetes existem, e tornam possível que eu exista também, e com todas essas cores. Porque se não existisse não podia estar para aqui a escrever, mas isso é outra conversa.
E só um à parte, como dizia há pouco noutro lado: Memórias, bom lembra-las e criar novas.
E...
Será que os alfinetes que se desprenderam, mas que eu lembro, que fazem parte das minhas memórias, seguram ainda partes do meu vestido?

Thursday, June 21, 2007

Cenografia


Um chapéu de chuva.

Uns pés descalços num chão de água.
Uma saia vermelha.

Uma tarde pelos teatros do mundo.
... E pelo teatro de mim.





Monday, June 18, 2007

Sine qua non


Não são folhas, são peixes.
Como muitas outras vezes, as coisas nem sempre são aquilo que parecem ser. Também sabemos que o tempo passa demasiado depressa e que o mundo é demasiado pequeno. (Salvo momentos em que o tempo parece estagnar e tudo parece longe demais). Mas aqui, agora, importam essas condições Sine qua non. Parece não haver tempo para fazer tudo o que quero fazer. Parece que o tempo se vai esgotar de repente, e isso provoca em mim uma sensação de aperto junto esterno, que sobe pelos feixes nervosos do vago e me faz sentir como que a cair. Mas também é verdade que "não houve à luz do dia quem não tenha provado o travo amargo da melancolia." Talvez seja então só mais um dia melancolico. Mas está demasiado abafado e a minha tensão está abaixo no normal... Talvez seja simplesmente isso.

Valerá a pena? Dizem que sim, dizem que sim... Que vale e pena.
E afinal onde fica o fim no meio de tudo? A morte das coisas? Talvez no mesmo sitio onde, nos Alpes, passeiam as vacas cor-de-rosa e com asas, ou as vacas roxas que dão chocolate em vez de leite. Não as vi.