Tuesday, April 10, 2007

Incoerências

"O fim duma viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, [...] ver a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já."

Volta já. Não demora. Foi só descansar um pouco... Cansada de coisas novas, que no fim são sempre quase iguais, cansada de fugir de um não sei que que acaba sempre por voltar, cansada de tanta emoção. Já com a vista cheia como quem ao fim de umas horas num museu, cheia de tanta tinta já não vê pintura nenhuma.
Cansada de estar num sitio que não é o sitio.
Mas o viajante volta já... Não demora. Porque é imperativo viajar, porque não se consegue parar, é demasiado deliciosa a adernalina, como um vício. Já não sei o que é estar parada por demasiado tempo.
... Fugas

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